Oi! O meu nome é João e eu moro com a minha mãe. Nós nunca fomos ricos, mas nós tínhamos um uma vaca leiteira e ela nos dava leite o suficiente para beber e para vender. Mas um dia, ela parou de produzir leite e minha mãe me disse para ir ao mercado e vender a vaca.
No dia seguinte eu fiz o que ela pediu e fui ao mercado. Eu estava muito triste indo para lá porque eu não queria vender a nossa vaca. Ela já era como um membro da família. Um senhor velhinho me parou no caminho e disse: “Rapazinho, eu quero comprar essa vaca.” Aí eu perguntei: “O que você me dará em troca?” “Cinco feijões mágicos,” disse ele. Então vendi a vaca e levei os feijões para casa.
Quando minha mãe viu os feijões ela ficou muito brava comigo e começou a gritar: “Não existe essa coisa de mágica! Feijões mágicos, com certeza… Vá para seu quarto. Você vai ficar sem jantar hoje!” E depois pegou os feijões e os jogou para fora da janela. Eu fui para minha cama muito triste por ter desapontado minha mãe.
Na manhã seguinte, acordei e olhei pela janela. Fiquei muito surpreso com o que vi. Os feijões tinham crescido durante a noite e já era uma planta grande, enorme! Pulei para fora da janela e fui escalando e subindo o pé de feijão para o alto até uma cidade lá em cima no céu. E lá havia um castelo.
O castelo pertencia a um gigante, mas ele não estava em casa. A esposa do gigante estava lá, e me convidou para o café da manhã. Eu não tinha comido desde o almoço do dia anterior, então estava faminto. Agradeci e comecei a comer.
“Fe, fi, fo, fum, eu sinto cheiro de um rapaz. Vivo ou morto, eu vou moer seus ossos para fazer meu pão!”, alguém falou bem alto e eu vi um gigante entrando no castelo. A esposa do gigante teve pena de mim e me escondeu. “Não tem ninguém aqui,” escutei ela falando.
O gigante se acalmou e sentou para almoçar e depois começou a contar as moedas de ouro que ele tinha dentro do saco. Um pouco depois ele ficou cansado de contar e decidiu dar um cochilo.
Logo depois que o gigante caiu no sono, eu fui devagarinho para o quarto dele e peguei um dos sacos de moedas de ouro. Depois, saí correndo pelo castelo e desci todo o pé de feijão o mais rápido que pude. Quando eu cheguei em casa e mostrei o saco cheio de ouro para minha mãe, ela ficou muito feliz!
Nós vivemos muito bem com aquele dinheiro por um tempo, mas depois o dinheiro acabou e eu tive que subir novamente no pé de feijão. Fui até o castelo e vi a esposa do gigante. O gigante chegou em casa e sentiu meu cheiro. Mas eu tive muita sorte, pois a esposa do gigante me ajudou novamente a me esconder e disse: “Não tem ninguém aqui.” E o gigante acreditou nela.
Dessa vez ele segurava uma galinha. “Bota!” comandou o gigante e imediatamente a galinha botou um ovo de ouro. Fiquei aguardando até que o gigante dormisse e roubei a galinha dele. Só que a galinha ficou cacarejando e o gigante escutou. Aí ele saiu correndo atrás de mim, mas não conseguiu me pegar. Eu escapei e desci o pé de feijão com a galinha. E quando minha mãe viu, ficou muito feliz novamente.
Tempos depois, voltei até o castelo do gigante. E não disse para a esposa do gigante que eu estava lá. Daí o gigante chegou em casa para o almoço e falou essas palavras horríveis novamente: “Fe, fi, fo, fum, eu sinto cheiro de um rapaz. Vivo ou morto, eu vou moer seus ossos para fazer meu pão!” A esposa do gigante disse que ela estava sozinha em casa.
O gigante trouxe uma harpa que tocava músicas sozinha. A harpa ficou tocando e ninou o sono do gigante, que começou a dormir. Enquanto ele dormia, eu peguei a harpa e estava quase levando embora, quando ela começou a tocar uma música muito alta, e o gigante acordou. Ele começou a correr atrás de mim, e quase me pegou, mas eu ainda era muito mais rápido do que ele. Escapei e desci o pé de feijão.
O gigante continuou me seguindo, mas assim que cheguei em casa, fui correndo peguei o machado e cortei o pé de feijão. O pé de feijão, boom, caiu e o gigante também caiu morto. Por conta da harpa e da galinha eu e minha mãe nos tornamos muito ricos e agora vivemos uma vida muito feliz na nossa fazenda.