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Era uma vez, em uma noite de Natal, o velho Ebenezer Scrooge estava ocupado trabalhando em seu escritório. Lá fora estava muito frio e dentro do escritório de Scrooge também estava um pouco frio.

De repente, Fred, o sobrinho do Scrooge entrou no escritório. “Um feliz natal para você, tio! Deus te abençoe!” disse Fred. “Bla bla bla!” disse Scrooge, “Farsa!” “Natal é uma farsa, tio?” disse o sobrinho do Scrooge. “Você não acha isso, não é? Tenho certeza que não.” “Acho sim! O que significa o Natal para você? Você tem que ficar pagando contas e mais contas que custam muito dinheiro! Não dá pra ficar rico de uma hora para outra! Fique aí com seu natal, que eu fico aqui na minha.” disse Scrooge. “Ficar com meu natal? Mas e você, vai ficar sem natal?” disse Fred, que era um menino muito bom. Ele até tentou convidar seu tio para o jantar de natal, mas Scrooge recusou e o mandou para fora do escritório.

Quando Fred saiu, dois homens vieram até Scrooge para pedir dinheiro para os pobres que não tinham nenhum lugar para morar. Mas ele não deu dinheiro nenhum. “Por acaso não existem prisões?” disse Scrooge de modo sarcástico, e os mandou para fora do escritório.

Quando chegou a hora de fechar o escritório, Scrooge conversou com seu funcionário Bob. “Você quer ficar de folga o dia todo amanhã, não é?” disse Scrooge. “Sim, se for possível.” disse Bob. “Não é possível e não é justo! Até porque eu terei que pagar por esse dia que você não vem trabalhar. Aliás, eu quero então que você venha trabalhar ainda mais cedo do que seu horário habitual na dia seguinte da sua folga.” O funcionário prometeu que faria isso, e ambos foram para suas casas.

Scrooge morava sozinho em uma velha casa. O jardim estava escuro e assustador naquela noite, e quando ele tentou destrancar a porta, ele sentiu algo estranho e achou que tivesse visto um fantasma que era parecido com seu antigo sócio Marley, que morreu há muito tempo atrás. Isso foi muito assustador. Mas Scrooge não se assustava facilmente. “Farsa!” disse ele. Ele então abriu a porta e entrou na casa e depois trancou a porta. Porém trancar-se em casa não era algo que ele costumava fazer.

Ele sentiu-se seguro novamente e ficou descansando na frente da chaminé. De repente, Scrooge escutou um barulho lá no fundo, como se alguém estivesse arrastando uma corrente pesada.Ele sentiu-se seguro novamente e ficou descansando na frente da chaminé. De repente, Scrooge escutou um barulho lá no fundo, como se alguém estivesse arrastando uma corrente pesada.

O barulho foi ficando mais perto, mais perto, e aí Scrooge viu um fantasma vindo através da porta. Era o fantasma me Marley, que estava preso com longas correntes de ferro com caixas de dinheiro, chaves e bolsas pesadas. “Quem é você?!” disse Scrooge. “Quando era vivo, eu era seu sócio, Jacob Marley.” “Mas por que você está aparecendo para mim agora?” “É que eu tenho que ficar vagando pelo mundo com essa corrente pesada, pois eu fui uma pessoa muito gananciosa e só ligava para meus negócios, não me preocupando com as pessoas ao meu redor. Agora estou aqui para te alertar. Você ainda tem uma chance, Ebenezer Scrooge. Três fantasmas virão até você. O primeiro virá amanhã quando o relógio bater uma hora.” depois de dizer isso, o fantasma de Marley desapareceu. A noite tornou-se tranquila novamente. Scrooge nem trocou as roupas e foi direto para a cama. Deitou e caiu no sono imediatamente.

Quando ele acordou estava muito frio. Era silêncio, sem nem mesmo o som das pessoas passando pela rua. O fantasma de Marley deixou Scrooge atordoado. Ele não conseguia saber se aquilo tinha sido um sonho ou não. Aí, ele lembrou que um fantasma iria vir visitá-lo quando fosse uma hora. Então Scrooge decidiu ficar deitado e acordado, e esperar para ver o que iria acontecer.

De repente, o relógio tocou. Era uma hora. Um flash de luz passou e uma pequenina mão abriu as cortinas do quarto. Aí Scrooge viu o fantasma na sua frente. Era uma figura estranha - como uma criança. Mas era uma criança que também parecia uma velha senhora. O cabelo dela era branco e grande, e ia até as suas costas. Mas ela não tinha nenhuma ruga. “Quem ou o que é você?” perguntou Scrooge. “Eu sou o fantasma dos natais passados. Levante-se e venha comigo.”

O fantasma levou Scrooge até o passado, para quando ele ainda era um menino. Ele pode ver a si mesmo brincando com as outras crianças. Eles estavam correndo ao redor de uma árvore de natal, e mesmo eles sendo pobres, estavam muito felizes.

O fantasma também levou Scrooge para um armazém, na época que ele era um aprendiz. Ele viu a noite de natal que ele passou no escritório com seu chefe, o Senhor Fezziwing e a família dele. Havia comida, música e dança. Todos estavam felizes.

O fantasma levou Scrooge para outro lugar. Desta vez ele estava mais velho. E estava sentado ao lado de uma linda menina chamada Belle. Ela estava chorando. “É tão triste de se ver…” disse ela, em voz baixa. “que outro amor me deixou - um amor de ouro. Ele tinha um coração tão bom, mas agora…? Eu acho que é melhor nos separamos. E que você seja feliz com a vida que você escolheu.” “Fantasma,” disse Scrooge, “pare com isso. Quero voltar pra minha casa. Por que você está me torturando?” “Somente mais uma sombra,” disse o fantasma.

Eles agora estavam em um outro lugar. Um quarto não muito grande ou bonito, mas muito confortável. Havia uma família feliz celebrando o natal com carinho e amor. Scrooge reconheceu a Belle, sua ex namorada. Ela estava casada e com filhos. “Fantasma,” disse Scrooge com uma voz de coração partido, “Quero ir pra casa! Eu não consigo aguentar isso por mais tempo.” Ele insistiu com o fantasma que o levasse de volta. E finalmente Scrooge voltou para sua própria cama novamente. Ele estava exausto e dormiu um sono profundo.

Ele acordou de repente no meio de um ronco, um pouquinho antes que o relógio tocasse de novo. Sentou-se em sua cama e ficou esperando pelo segundo fantasma. E lá estava ele - o fantasma do natal presente. Ele tinha cabelos marrons encaracolados, olhos brilhantes e usava um casaco verde com pelos brancos. Estava descalço e usava uma coroa de folhas em sua cabeça.

Seus filhos estavam animados correndo para lá e para cá e Bob chegou com um menininho no seu ombro. Era seu filho mais novo, chamado Tiny Tim. Ele tinha pequenas muletas e uma estrutura de ferro em torno das suas pernas.

Então o jantar de natal estava pronto, e todos sentaram-se à mesa. Era um jantar muito simples, pois a família era pobre. Mas mesmo assim todos estavam felizes e com o espírito do natal em seus corações. “Feliz natal para todos nós, meus amores! Deus nos abençoe!” disse Bob. “Que Deus abençoe a todos!”, disse Tiny Tim, que estava sentadinho em seu banco, ao lado do pai. Bob segurou a mão do seu filho, como se estivesse com medo de perdê-lo.

“Fantasma,” disse Scrooge que estava com pena do menino, “Tiny Tim vai sobreviver?” “Eu vejo um banco vazio e muletas sem dono.” Disse o fantasma. “Se essas sombras não mudarem no futuro, a criança vai morrer.”

Isso entristeceu Scrooge, mas o fantasma logo o levou para a casa de seu sobrinho. Fred e seus amigos estavam em uma festa muito calorosa e brincavam de jogos. Scrooge estava gostando da festa e queria ficar lá mais um pouco, mas de repente ele não estava mais lá. O fantasma o havia levado para outro lugar.

De repente ele percebeu algo de muito estranho no fantasma. Duas figuras parecidas com crianças estavam nos pés dele - um menino e uma menina. Mas eles também se pareciam velhos e acabados, como pequenos monstros. Scrooge ficou chocado. “Fantasma, eles são suas criaturas?” perguntou ele. “Eles são as criaturas dos homens,” disse o fantasma. “O menino é a ignorância. A menina é a vontade. Cuidado com ambos, mas principalmente, cuidado com o menino” “E eles não têm para onde ir?” perguntou Scrooge. “Por acaso não existem prisões?” disse o fantasma para Scrooge, com suas próprias palavras.

O relógio tocou doze horas. O fantasma do natal presente desapareceu. E de repente Scrooge viu o terceiro fantasma indo até ele. Devagar e silenciosamente, o fantasma foi chegando perto. Ele era muito alto e vestia uma roupa toda preta, que cobria todo o seu corpo e não se via nada dele a não ser uma de suas mãos. “Seria você o fantasma dos natais futuros?” perguntou Scrooge, “de todos os fantasmas, é de você que tenho mais medo.”

O fantasma não disse nada, e Scrooge estava com muito medo. Eles andaram pela cidade e Scrooge escutou alguns homens conversando sobre uma pessoa que havia morrido. Ele conhecia aqueles homens, e ficou curioso para saber de quem estavam falando. Mas o fantasma saiu de lá.

O fantasma levou Scrooge por entre as ruas que eram bem familiares. Ele ficou procurando a si mesmo mas não encontrava. Eles então entraram na casa de Bob, seu funcionário. A esposa dele estava na frente da lareira, quieta. Muito quieta. As crianças, antes brincalhonas, estavam paradas como estátuas. Quando Bob chegou, as crianças correram para abraçá-lo. Depois seus dois filhos sentaram-se no joelho do pai e encostaram suas bochechas no rosto de Bob e disseram:”Tudo bem, pai. Não fique triste.” “Você foi lá hoje?” perguntou sua mulher.

“Sim, querida,” respondeu Bob. “Eu queria que você pudesse ir. Seria bom para você ver como o lugar é lindo e todo verde. Mas você terá muitas chances de ver. Eu prometi a ele que vamos lá todos os domingos. Meu bebezinho.” disse Bob. “Meu bebezinho...” E começou a chorar. Ele não conseguiu evitar.

O fantasma então levou Scrooge para o cemitério de uma igreja. O fantasma ficou entre algumas sepulturas e apontou para uma delas. Scrooge lentamente foi ver o que era aquilo que o fantasma estava apontando. Era uma lápide que tinha seu próprio nome escrito, Ebenezer Scrooge.

“Fantasma!” gritou Scrooge, “Escuta, eu não sou mas aquele homem de antes! Não serei mais aquele homem que eu estava sendo por tanto tempo! Por favor, alma bondosa, eu vou honrar o natal em meu coração e vou tentar fazer isso pelo ano inteiro. Viverei no passado, no presente e no futuro. Todos os três fantasmas ficarão comigo. Não vou ignorar as lições que eles me ensinaram. Por favor, diga que vou poder mudar meu destino!” E cheio de medo, Scrooge pegou na mão do fantasma. Mas o fantasma de repente encolheu, desapareceu, e depois virou uma perna da cama.

Sim, e a perna da cama era sua. A cama era sua, o quarto era seu. E o melhor de tudo, o tempo que ele teve antes era seu, e ele poderia usar isso da melhor forma agora. "Eu viverei no passado, no presente e no futuro.” repetiu Scrooge enquanto saia da cama. “Eu não sei o que fazer! Estou mais feliz do que um anjo! Nem sei que dia do mês é hoje. Eu não sei por quanto tempo fiquei entre os fantasmas. Alô! Alô, alguém aí?!”

Ele correu para a janela, abriu, e colocou sua cabeça para fora. “Que dia é hoje?” gritou Stooge para um rapaz que estava passando pela rua. “Hoje? Hoje é dia de natal, ora!” respondeu o rapaz. “É dia de natal!” disse Scrooge para si mesmo. “Eu não perdi! Os fantasmas fizeram tudo em uma noite! Ei, meu caro companheiro. Você sabe se ainda existe aquele peru grande pendurado na loja para vender?” “Aquele tão grande quanto eu?” disse o rapaz, “ainda está pendurado lá.” “É? Então vá até lá e compre. Falo sério. Vá e depois venha até mim com um outro homem, que eu vou dar as instruções de para quem vocês irão levá-lo. Vou te dar um dinheiro por isso. Vá, e se conseguir trazer em menos de 5 minutos, vou te dar muito mais dinheiro.” E o rapaz saiu correndo para buscar.

“Vou levar para o Bob. É o dobro do tamanho do Tiny Tim.” Depois vestiu-se com suas melhores roupas e foi para a rua.

Ele ainda não tinha andado muito quando encontrou aqueles dois homens que o tinham visitado no dia anterior. “Olá senhores, como estão?” disse Scrooge. “Sinto muito por não ter sido educado com vocês ontem. Perdoem-me, por favor. E por favor recebam isto.” “Deus seja louvado!” gritou um dos homens, “Querido senhor Scrooge, está falando sério? Eu não sei o que dizer com tamanha generosidade.”

Quando a tarde chegou, ele foi até a casa de seu sobrinho. “Fred, estou aqui, seu tio, Scrooge. Vim para o jantar. Você me deixa entrar?” Claro que Fred deixou seu tio entrar e ele foi muito bem vindo e tiveram uma festa linda.

Na manhã seguinte, Scrooge estava cedinho no seu escritório. Ele queria ver Bob chegando cedo. E Bob chegou dezoito minutos antes do seu horário. Scrooge estava sentado com a porta aberta para que ele pudesse ver Bob entrando.

“Ola!” rosnou Scrooge, como sempre fazia antes. “O que você pretende vindo aqui essa hora da manhã? Eu não vou suportar isso por mais tempo. E além do mais,” disse Scrooge levantando-se da cadeira, “ e além do mais, eu vou aumentar seu salário. Um feliz natal, Bob.” Bob ficou muito surpreso e também várias pessoas ficaram surpresas ao ver como Scrooge havia mudado e se tornado uma pessoa muito melhor. Melhor também para Tiny Tim, que não morreu. Ele ficou sendo como seu segundo pai.

Scrooge tornou-se um bom amigo, um bom mestre e um bom homem. Toda a cidade ficou sabendo. Todo o povoado ficou sabendo. Souberam da história de Scrooge, que entendeu o que é o espírito do natal. Que todos nós entendamos também! E como diria Tiny Tim, “Que Deus abençoe a todos!”